Durante anos a geração da mulher pela literatura foi destinada a ser um mero protagonista secundário com o único papel de acompanhante do herói. Isso tem tua raiz na cultura clássica, através da qual herdamos todos os arquétipos da construção do relato. Assim, alguém que se disponha a aprender Literatura Clássica notará que esta começa por os elegíacos, passa na épica de Virgílio, herdada de Homero, e termina com um das dificuldades mais conhecidos, Seneca. Todos eles realizaram sua própria constituição da mulher. Como por exemplo, os poetas elegíacos, grupo de autores formado por Cátulo, Propercio, Tibulo e Ovídio, dedicaram tua obra pra louvar os atributos da mulher.
A maioria deles eram jovens autores que mantinham relações amorosas baseadas principalmente no sexo com mulheres mais velhas da alta nação, relações proibidas e que nunca acabavam bem. Os elegíacos, sem querer, passaram neste momento a primeira concepção da mulher fraca, de a dama que precisa de um homem para ser feliz, para amar, tua única atividade na vida.
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Há que clarificar que não era realmente uma corrente machista, porque se baseava nos cânones da sociedade da data, mas sem cobiçar caíram sobre isto. O que teria acontecido se ele tivesse escrito uma mulher? A versão feminina de um poema elegíaco é alguma coisa inédito na época, no entanto eventualmente teríamos tido a versão de uma mulher ativa, de uma mulher que dedicou sua vida a outros afazeres que não fossem amar. O enxergar de uma mulher criada, interessada na poesia e por outras questões da existência.
Mais tarde, Virgilio trazaría a figura romana do herói épico em sua obra Eneida. O texto pretende ser uma epopeia sobre a construção de Roma, em que se tentava conectar a Augusto com o primeiro fundador de Roma, Eneias. Virgílio, possivelmente, seguiu os passos do mestre grego, a épica de Homero. Ele construiu 2 personagens significativas em tuas obras: Helena e Inês.
A primeira foi a suposta culpado de que desencadeou a guerra de Tróia, que, na realidade, eclodiu por meras dúvidas geopolíticas. E o que expor de Penélope, cujo único intuito era: aguardar. O que teria acontecido se ele tivesse escrito uma mulher? E o que dizer de Penélope, esperando anos e anos pra que teu herói voltasse. Ele estava, por direito, realizando uma espécie de cruzeiro aventura a mar engraçado, nunca melhor dito, no decorrer do qual, também, teve qualquer que outro idílio amoroso. Se estas duas heroínas tivessem sido sendo assim, Dido não se teria suicidado antes da partida de Enéias e, como pouco, ela teria declarado luta.
Outro dos mestres literários clássicos é Sêneca, a quem carecemos, entre outras coisas, a construção da tragédia. Junto à fúria de Hércules e Édipo rei, Medeia é uma de suas obras mais conhecidas. Esta pertence ao mito de Jasão, o herói com o qual se casou. A conexão entre estes não começou que show hein, por causa de ela fugiu de moradia com o cruzeiro, que havia roubado de teu palácio o velocino de ouro.
Mas que Medeia lhe nesse todo não foi bastante pra Jasão, que acababou por abandoná-la em detrimento de uma mulher mais jovem. Esta, envolvida em loucura, decidiu fazer prejuízo ao herói da forma mais distorcida que lhe aconteceu, matando seus filhos, os filhos de ambos. O que teria acontecido se ele tivesse escrito uma mulher? Medea, caracterizada como bruxa, ela foi descrita como uma mulher apto de fazer qualquer coisa por afeto, até já o ato mais atroz.
